28-12-2016
Quando completo mais um ciclo solar, 6 desta vez, rebusco nas minhas memórias as situações e as pessoas que fizeram com que eu fosse o que sou hoje.
As situações não voltarão nunca mais a repetir-se, por duas razões;
- Porque foram instantâneos vividos e,
- Porque não guardo saudades de nenhum deles.
Aprendi desde há muito tempo a apenas guardar memórias, recordações… nunca saudades ou nostalgias.
Com uma personalidade muito própria em que prefiro quebrar a dobrar, quando fecho uma porta… jogo longe a chave para não me arriscar a tropeçar em passados dos quais não guardo saudades.
Fui e sou a ovelha ronhosa ou a formiga em circulação contrária à do restante carreiro.
Dessa minha forma de ser guardo alguns dissabores… saudáveis, apenas porque me posso permitir continuar a ser EU mesmo.
- De entre os familiares, fossem progenitores, irmãos, filhos, conjuges ou outros apêndices, com todos eles eu aprendi ao mesmo tempo que ensinei.
- Aconteceu o mesmo com os meus professores, mestres, superiores hierárquicos, patrões, colegas, subordinados, companheiros, vizinhos, parceiros de negócios.
Com o convívio e necessário intercâmbio ou partilha de conhecimentos e de experiências fui crescendo, fui sendo moldado… mantendo as minhas raízes cada vez mais fortes e mais forte ainda o tronco que suporta o resultado das várias podas que foram sofrendo os meus ramos ao longo dos tempos.
Sou contra a cópia, a imitação por isso faço diferente. E faço diferente com a consciência segura de que se fizermos igual ao que aprendemos, por muito bons que sejam os mestres, o mundo não evolui.
Desse acumular de experiências, conhecimentos, aptidões e vontades evoluí para o exercício de uma actividade em que o Ser me é muito mais importante do que o Ter.
Hoje posso-me permitir partilhar o que Sou, digo partilhar porque sempre que dou… recebo.
Ontem repartia o que tinha, e quando se reparte… esgotamo-nos.
Este ano foco os meus pensamentos/memórias, muito particularmente, em alguém que muito prezo e que foi um dos meus faróis.
Luis Henrique da Silva Carvalho, o sr. ou simplesmente o Silva Carvalho para os mais chegados.
A ele dirijo, mais uma vez, os meus agradecimentos por se ter cruzado na minha vida, beneficiando-a.
A todos os meus amigos e amigas e a ele, em especial, aquele sentido e forte abraço… enquanto cá andamos!