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ASSALTO AO ULTRAMAR

ASSALTO AO ULTRAMAR

 

 E A RESISTÊNCIA DE PORTUGAL

Fiquei satisfeito por ler isto, ainda por cima escrito por um jornalista isento e estrangeiro, como orgulhoso e patriótico ex-militar português que fui, em tempo de guerra à sério e não essas tretas que a televisão nos mostra todos os dias, em que alguns militares inexperientes, ocidentais, mas bem armados com armamento de TOP, enfrentam sem êxito, bandos armados compostos por selvagens sem experiência militar, cuja maioria são meninos tolos e iletrados, aliciados por promessas sexuais estúpidas e em nome dum DEUS menor que manda matar a toa, inocentes desarmados; sim: meninos armas obsoletas que lhes são vendidas a peso de ouro pela MAFIA dos países imperialistas, mas que, nem assim, os chamados militares ocidentais de elite _ coitados, nem sabem o que isso é: tropa de elite! _, não conseguem vencer.

A VERDADE é como o AZEITE mergulhado em água: cedo ou tarde, vem ao de cima!

Aliás, todos nós, civis e ex-militares, vemos no nosso dia-a-dia, as manobras cobardes e traiçoeiras que os países imperialistas fazem para atingir os seus fins, dizimando milhares de inocentes com as suas operações satânicas, só com o objectivo de LUCRO fácil em dois mercados: o doPETRÓLEO e, paralelamente, o do ARMAMENTO obsoleto.

Estamos a ver no Iraque, no Afeganistão, na Síria, na Jordânia, na Líbia, no Egipto, na Ucrânia, etc., etc...)

COM AS RIQUEZAS NATURAIS DE ANGOLA, MOÇAMBIQUE, ETC., PORTUGAL FOI ATRAIÇOADO PELOS PODEROSOS DA ONU, COM A AJUDA DE JAGUNÇOS COMO O MÁRIO SOARES E OUTROS QUE TAIS, TRAIDORES À PÁTRIA DIFÍCEIS DE ADJECTIVAR...

GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974

Jonathan Llewellyn

Espero que perdoem a um estrangeiro intrometer-se neste grupo, mas é preciso que alguém diga certas verdades.

A insurgência nos territórios ultramarinos portugueses não tinha nada a ver com movimentos nacionalistas. Primeiro, porque não havia (como ainda não há) uma nação angolana, uma nação moçambicana ou uma nação guineense, mas sim diversos povos dentro do mesmo território. E depois, porque os movimentos de guerrilha foram criados e financiados por outros países.

ANGOLA – A UPA, e depois a FNLA, de Holden Roberto foram criadas pelos americanos e financiadas (directamente) pela bem conhecida Fundação Ford e (indirectamente) pela CIA.

O MPLA era um movimento de inspiração soviética, sem implantação tribal, e financiado pela URSS. Agostinho Neto, que começou a ser trabalhado pelos americanos, só depois se virando para a URSS, tinha tais problemas de alcoolismo que já não era de confiança e acabou por morrer num pós-operatório. Foi substituído pelo José Eduardo dos Santos, treinado, financiado e educado pelos soviéticos.

A UNITA começou por ser financiada pela China, mas, como estava mais interessada em lutar contra o MPLA e a FNLA, acabou por ser tolerada e financiada pela África do Sul. Jonas Savimbi era um pragmático que chegou até a um acordo com os portugueses.

MOÇAMBIQUE - A Frelimo foi criada por conta da CIA. O controlador do Eduardo Mondlane era a própria esposa, Janet, uma americana branca que casou com ele por determinação superior.

Mondlane foi assassinado por não dar garantias de fiabilidade, e substituído pelo Samora Machel, que concordou em seguir uma linha marxista semelhante à da vizinha Tanzânia. Quando Portugal abandonou Moçambique, a Frelimo _ bando de totôs e terroristas armados, sem experiência militar _ estava em tal estado que só conseguiu aguentar-se com conselheiros do bloco de leste e tropas tanzanianas, porque nada sabiam sobre nada...

GUINÉ –- O PAIGC formou-se à volta do Amílcar Cabral, um engenheiro agrónomo vagamente comunista que teve logo o apoio do bloco soviético. Era um movimento tão artificial que dependia de quadros maioritariamente cabo-verdianos para se aguentar (e em Cabo Verde não houve guerrilha). Expandiu-se sobretudo devido ao apoio da vizinha Guiné-Konakry e do seu ditador Sékou Touré, cujo sonho era eventualmente absorver a Guiné portuguesa.

Em resumo, territórios portugueses foram atacados por forças de guerrilha treinadas, financiadas e armadas por países estrangeiros.

Segundo o Direito Internacional, Portugal estava a conduzir uma guerra legítima.

E ter combatido em três frentes simultâneas durante 13 anos, estando próximo da vitória em Angola e Moçambique e com a situação controlada na Guiné, é um feito que, militarmente falando, é único na História contemporânea.

Então, porque é que os portugueses parecem ter vergonha de se orgulharem do que conseguiram?

(Publicado a 01 de Junho 2013 por Jonathan Llewellyn em "Publicações recentes de outras pessoas")