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Biografia de Salazar

Biografia de Salazar

 

20.11.2011 

  

Apeteceu-me contar um história.

Real, fundamentada, que faz parte de nós... queiramos ou não!

Para uns é apenas recordação.

Para muitos é, seguramente, informação válida. 

Quem foi           António de Oliveira Salazar

António de Oliveira Salazar nasceu em 28 de Abril de 1889 em Lisboa e faleceu em 27 de Julho de 1970.

Foi um estadista, político português e professor catedrático da Universidade de Coimbra.

Exerceu de forma autoritária e em ditadura, o poder político em Portugal entre 1932 e 1968.

Foi o criador do Instituidor do Estado Novo (1933-1974). A partir desta organização surgiu a União Nacional.

Foi ministro das Finanças entre 1928 e 1932, saneou as finanças públicas portuguesas.

Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, tomou medidas de proteccionismo para Portugal e suas colónias.

Em 1914, concluiu o curso de Direito. Assumiu a regência da cadeira de Economia Política e Finanças em 1917 e completou o doutoramento em 1918.

Em 1921 concorreu como deputado ao Parlamento. Sendo eleito e não encontrando aí qualquer motivação, regressou à universidade passados três dias. Lá se manteve até 1926.

A crise económica e a agitação política da 1ª República (que se prolongou inclusive após o Golpe militar de 28 de Maio de 1926).

Em Julho de 1926, a Ditadura Militar chamou o Dr. Salazar para assumir a pasta das finanças, renuncia ao cargo após 13 dias.

Em 27 de Abril de 1928, após a eleição do Marechal Carmona e na sequência do fracasso do seu antecessor em conseguir um avultado empréstimo externo com vista ao equilíbrio das contas públicas, reassumiu a pasta, mas exigindo o controlo sobre as despesas e receitas de todos os ministérios.

Impôs forte austeridade e rigoroso controlo de contas, conseguindo um superávit, um "milagre" nas finanças públicas logo no exercício económico de 1928-29.

Na imprensa controlada pela censura, foi retratado como salvador da pátria.

O prestígio, a propaganda e a habilidade política na manipulação das correntes da direita republicana, de alguns sectores monárquicos e dos católicos consolidavam o seu poder.

Portugal vivia numa Ditadura.

Recusou o regresso ao parlamentarismo e à democracia da Primeira República, fundando a União Nacional em 1930, visando o estabelecimento de um regime de partido único.

Em 1932 era publicado o projecto de uma nova Constituição que seria aprovada em 1933 através de um plebiscito.

Com esta constituição, cria o Estado Novo, uma ditadura antiliberal e anticomunista, que se orienta segundo os princípios conservadores autoritários: Deus, Pátria e Família.

Durante o Estado Novo, os Presidentes da República, que foram regularmente eleitos por sufrágio universal até 1958, tinham na prática funções meramente cerimoniais. O detentor real do poder era o Presidente do Conselho de Ministros e era ele que dirigia os destinos da Nação.

Na Guerra Civil Espanhola (Julho de 1936), alinhou-se com o General Francisco Franco, enviando forças militares portuguesas para Espanha e foi criada a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa.

Em 8 de Setembro de 1936, aconteceu em Lisboa a Revolta dos Marinheiros, também conhecida como Motim dos Barcos do Tejo, que significou uma acção contra a ditadura portuguesa.

Os marinheiros comunistas sublevaram as tripulações dos navios de guerra D. Bartolomeu Dias e Afonso de Albuquerque, procurando sair com eles da Barra do Tejo. Após uma intensa troca de tiros travada entre estes e o Forte de São Julião, que causou a morte de 10 marinheiros, a revolta fracassou e os sublevados foram presos.

Ao chegar ao poder, no discurso que proferiu em 9 de Junho de 1928, a solução do "problema político" do regime (Monarquia ou República) surgia ainda em último lugar nas suas prioridades.

Após a morte de D. Manuel II, em 2 de Julho de 1932, a ilusão do "monarquismo" de Salazar caiu por completo quando o seu Governo se apropriou dos bens da Casa de Bragança instituindo a Fundação da Casa de Bragança.

Salazar deu instruções explícitas aos seus embaixadores para que limitassem a concessão de vistos a pessoas que pretendiam fugir da França, quando esta foi invadida pela Alemanha.

No Verão de 1940, milhares de pessoas em fuga, muitas delas judeus que receavam pela sua vida caso caíssem nas mãos dos nazis, dirigem-se às embaixadas e postos consulares portugueses em França, suplicando pelo direito a um visto de entrada no país.

Contrariando as instruções de Salazar, Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus, concedeu esses vistos em grande número. Salazar viria a demitir Aristides, retirando-lhe os direitos à totalidade da pensão de reforma, acabando o ex-cônsul por passar o final da sua vida na miséria em Portugal.

Em 1943 os Aliados procuram utilizar a Base das Lajes nos Açores, como base de apoio para as missões no Oceano Atlântico e no Teatro de Operações Europeu.

O governo de Portugal, não evitando a pressão, cede. Mas Salazar negocia como contrapartida o fornecimento de armamento (poderia a Alemanha vir a atacar Portugal) e a garantia da restituição da soberania portuguesa a Timor no fim da Guerra.

A posição da neutralidade de Portugal e a consequente abertura dos canais diplomáticos e comerciais com ambas as partes beligerantes, a balança comercial portuguesa manteve saldo positivo durante boa parte do conflito, nomeadamente nos anos de 1941, 1942 e 1943. Nestes anos, as exportações ultrapassaram as importações.

Esta hábil gestão da neutralidade trouxe os benefícios da paz sem ter de pagar o preço da guerra. Portugal foi uma das poucas zonas de paz num mundo a "ferro e fogo", serviu de refúgio a muitas pessoas de várias proveniências.

Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança política.

Terminando a segunda guerra mundial, Portugal foi membro fundador da NATO em 1949 e economicamente integrou a EFTA em ambos os casos ao lado do Reino Unido.

Apesar de não ter relações diplomáticas com países do bloco Comunista, manteve relações comerciais com a República Popular da China e outros países Asiáticos Comunistas.

Em 1961, seguindo a invasão do Estado Português da Índia corta relações diplomáticas com a União Indiana. Nesse mesmo ano, com o início da Guerra Colonial, muitos países começam a pressionar o governo de Salazar para acelerar a descolonização.

O princípio do fim de Salazar começou a 3 de Agosto de 1968, no Forte de Santo António, no Estoril.

A queda de uma cadeira de lona, motivou o seu afastamento do Governo. Quando se preparava para ser tratado pelo calista Hilário, quando se deixou cair para uma cadeira de lona. Com o peso, a cadeira cedeu e o chefe do Governo caiu com violência, sofrendo uma pancada na cabeça, nas lajes do terraço do forte onde anualmente passava as férias. Levantou-se atordoado, queixou-se de dores no corpo, mas pediu segredo sobre a queda e não quis que fossem chamados médicos.

Só 16 dias depois, a 4 de Setembro, Salazar admite que se sente doente. O diagnóstico foi hematoma intracraniano ou trombose cerebral. A cirurgia ocorreu em 7 de Setembro.

Deixou o governo em 1968, quando foi diagnosticado com danos cerebrais graves.

Faleceu 2 anos após, em 1970.

Em 2007 foi eleito o maior Português de todos os tempos, através de um concurso realizado na R.T.P. (Rádio e Televisão de Portugal)

Biografia cronológica

1889: Nasce em Vimieiro, Santa Comba Dão.

1914: Em Coimbra, conclui o curso de Direito.

1918: Professor de Ciência Económica.

1926: Após o golpe de 28 de Maio é convidado para Ministro das Finanças em 13 dias renuncia ao cargo.

1928: É novamente convidado para Ministro das Finanças.

1930: Nasce a União Nacional.

1932: Presidente do Conselho de Ministros.

1933: Após realizado um plebiscito, surge uma nova constituição que dá início ao Estado Novo e encerra a ditadura militar.

1936: Na Guerra Civil de Espanha apoia Franco.

1937: Escapa a um atentado dos comunistas.

1939: Iniciada a Segunda Guerra Mundial, consegue manter a neutralidade do país.

1940: Exposição do Mundo Português.

1943: Cede aos Aliados uma base militar nos Açores.

1945: A PIDE substitui a PVDE.

1949: Portugal é admitido como membro da NATO.

1961:

Em 22de Janeiro, ataque ao navio Santa Maria por anti-salazaristas, que se asilam no Brasil logo após a posse de Janio Quadros.

Em 04 de Fevereiro, invasão às prisões de Luanda.

Em 11 de Março, tentativa de golpe de Botelho Moniz.

Em 21 de Abril, resolução da ONU condenando a política africana de Portugal.

Em 19 de Dezembro, a União Indiana invade Goa, Damão e Diu.

Em 31 de Dezembro, revolta de Beja.

1963: O PAIGC abre nova frente de batalha na Guiné.

1964: A FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique.

1965: Enfrenta uma crise académica.

1966: Inaugura a ponte sobre o Tejo.

1968: Na sequência de um acidente (queda de uma cadeira), fica fisicamente incapacitado para governar.

1970: Morte de Salazar.

2007: Foi eleito o maior Português de todos os tempos, através de um concurso realizado na R.T.P. (Rádio e Televisão de Portugal)