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Portugal versus crise

Portugal versus crise

 

 

19-02-2013

I - PORTUGAL versus CRISE

 De há uns tempos a esta parte toda a gente fala de crise e da forma de dela sair ou nela nos enterrarmos.

O que é facto é que pagam sempre os mesmos.

Não sendo filiado nem simpatizante comunista e pondo de parte a ideia de qualquer tipo de “moção de censura” ao governo, devo concordar com a grande maioria das posições de Jerónimo de Sousa. Pena é que 1917 já lá vai…

É preciso mudar. Nisso estamos todos de acordo. Então comecemos, Sr. Primeiro-ministro:

- Reduzindo o número de Deputados da Assembleia da República para o mesmo número que o resto dos países da Comunidade Europeia. É muito fácil fazer contas, desde que se queira.

10 Deputados por milhão de habitantes, o que nos dá 100 Deputados em vez de 230. Se multiplicarmos os 130 Deputados a mais pelo número (65) de motoristas, telefonistas, seguranças, assessores vários que cada um destes Deputados carrega, vamos ter 8450 pessoas improdutivas, porque o sistema viverá bem e melhor sem elas, mais as despesas de cada um com telefone, água, luz, viaturas, combustível, oficinas e manutenção, etc., etc.,

- Quantos políticos, deputados ou não, têm mais do que uma reforma ou aposentação e continuam precisamente a fazer o mesmo que faziam antes?

Comecemos pelo Sr. Presidente da República, que deverá dar o exemplo. Quatro reformas ou aposentações mais um salário de Presidente da República? E os gatos? Terão direito a sete reformas correspondentes a outras tantas vidas?

A partir daqui é mais fácil encontrar bons (?) exemplos de como se enriquece pessoalmente e se desbarata o erário público a coberto de legislação feita em proveito próprio.

E os gestores de empresas do Estado ou para estatais ou municipais?

Quando se limitarão a gerir uma única empresa (quem muitos burros toca, algum deixa para trás) deixando as restantes para outros a quem a oportunidade de mostrar valor e competência é coarctada por não fazerem parte do sistema?

Os tais 8450 poderão aqui mostrar serviço e justificar o que lhe põem no banco sem se aperceberem realmente porquê.

Se já ninguém tem dúvida de que a crise não é portuguesa, antes foi-nos imposta pelos sistemas e países que endeusamos, então, comecemos a fazer diferente do que fizeram ou e praticam os culpados da crise.

Aumentemos os impostos? Sim. Mas a todos.

Quando a banca e demais usurários pagarão o mesmo IRC e IRS que o comum dos mortais a quem sugam o sangue?

Que ajudas deu a banca, com o aval do Estado, para que a (micro) economia e economia familiar, estas que garantem o emprego e trabalho directo aos chefes de família independentes (50% dos produtivos) e que não têm direito a quaisquer subsídios depois de se prejudicarem com uma crise para que não foram tidos nem achados?

Para quando os (pseudo) políticos pensarem em realmente incentivarem ao consumo interno para que a agricultura, comércio, indústria e serviços portugueses possam continuar a subsistir e porventura desenvolver? Já nos esquecemos da história da tanga?

O dono desta afirmação (da tanga) pôs-nos de fio dental e pisgou-se.

Naturalmente que sendo governados (a oposição também faz parte do Governo e do Estado) por uma cambada de arrivistas profissionais que apenas pensam no próprio umbigo em detrimento de quem lhes paga (ou dá) o vencimento (que é diferente de salário), nunca mais vamos a lado nenhum.

Que esperam?

Que peguemos em armas?

Vamo-nos pôr uns contra os outros?

É necessário que alguém (milhares) morra para que se acorde para as realidades e necessidades do 25 de Abril de 1974?

Estão convencidos que nos vamos sempre limitar a passear bandeirinhas e apitos?

Ou continuam (e até quando) convencidos que a revolução foi feita para que os mesmos pudessem continuar a governar a coberto de um aval em branco?

Eu não sou seguramente o único a querer respostas.

Respostas que quem nos governa ou quem faz oposição a quem nos governa deverá ter na ponta da língua, sempre.

É necessário incentivar o consumo interno, SIM.

É necessário dar confiança a quem trabalha, SIM.

É necessário acreditar que podemos mudar, SIM.

É necessário apostar em quem quer fazer alguma coisa, SIM.

Não há muito tempo o Sr. Obama disse: Sim, nós podemos!

Apenas porque é americano?

A ideia pode ou não ser extensiva a qualquer ser humano ou sistema por muito permissivo e corrupto que seja?

Até à próxima.

 

 

19-02-2013

 

IIPORTUGAL versus CRISE

 

É necessário incentivar o consumo interno, SIM.

É necessário dar confiança a quem trabalha, SIM.

É necessário acreditar que podemos mudar, SIM.

É necessário apostar em quem quer fazer alguma coisa, SIM.

Se isto fosse dito por um qualquer doutor, não faltaria quem aplaudisse.

Recentemente, um qualquer instituto, apresentou um estudo que reforça precisamente o que está atrás:

“Descobriram” que subiu o consumo interno, consequentemente melhorou a confiança, melhorou a balança orçamental, pagaram-se mais impostos.

Curiosamente os tais doutores referidos atrás pensam todos em grande e apenas se preocupam com as exportações, pondo de lado o ganha-pão das estruturas familiares e micro empresas.

Estas não mandam (?) os parentes para o desemprego.

De entre as preocupações de quem nos governa está ainda a redução salarial e a poupança.

Senhores doutores, comecem a pensar seriamente em fazer algo por este país e não pensar apenas nos vossos bolsos.

- Se se reduzem os salários, reduz-se o poder de compra, reduz-se o consumo interno, fecham-se mais empresas, há mais desemprego, há mais despesa pública, há menos impostos…

- A poupança apenas beneficia a banca. Dinheiro parado não produz riqueza. Mais uma vez é necessário dar confiança ao povo para que este possa continuar a consumir (não esbanjar) e poder assim garantir o ganha-pão dos seus compatriotas.

Já se pensou numa forma de premiar o consumo de produtos locais e se possível dentro da área de residência de cada um? É fácil mediante a utilização de um documento de residência (já se faz lá fora, os nossos políticos é que quando viajam metem um funil à frente dos olhos).

Desde os produtos de primeira necessidade ao turismo; desde a utilização de transportes públicos à restauração; desde a manutenção automóvel a…

Já se pensou porque é que aqui ao lado, em Espanha, a maioria dos produtos são mais baratos do que em Portugal?

É o gás, são as batatas, o leite, o arroz, as rendas de casa, a energia eléctrica, o combustível, os apartamentos e casas de férias.

Até os automóveis. Como é possível se a mão-de-obra é três vezes mais cara do que aqui? Alguém mete a mão no nosso bolso.

Já repararam, sobretudo os nossos governantes, que quando se pratica o auto-serviço há sempre uma redução no custo da coisa? Lá fora, claro… Aqui em Portugal desde abastecer o automóvel ou utilizar a Via Verde paga-se precisamente o mesmo do que se se ficar sentado atrás do volante enquanto se é servido nas gasolineiras ou garantir o salário do portageiro nas auto-estradas.

Já chegamos todos à conclusão de que somos governados (a oposição também faz parte do Governo e do Estado) por uma cambada de arrivistas profissionais.

A única grande preocupação desses 230 é fazer a guerra entre eles, tentando garantir o tacho, sem se preocuparem realmente com quem lhes dá o vencimento.

Voltando aos salários, de toda a gente. Há os que “ganham” muito pouco e há os “recebem” de mais.

Para quando um tecto salarial (de qualquer dependente do orçamento do Estado) equivalente ao do Presidente da República? É claro, mais as benesses.

Para quando uma concertação social, laboral, salarial digna desse nome?

Políticos e sindicalistas profissionais.

Acordem em aumentar durante dez anos seguidos todos os salários, desde a mais humilde função até ao Presidente da República, tendo como referência o correspondente a dez por centro do salário mínimo de cada ano.

Está bem escrito. Dez por cento para todos. A costureira veria o seu salário aumentar 48,50 € mensalmente e o Sr. Presidente da República também. O motorista da Carris teria mais 48,50 € por mês e Sr. Primeiro-ministro também. No ano seguinte estes valores subiriam para 53,50 €.

E esqueçam os valores de referência da inflação anual.

Daqui a dez anos ainda teríamos salários inferiores a Espanha e os que agora ganham mais continuariam a ganhar mais do que os outros, apenas com uma diferença.

O arco salarial seria menor.

Havendo mais dinheiro a circular haverá mais consumo, mais impostos, melhor educação, melhor saúde, … naturalmente os que agora enchem os bolsos sem saber como, continuarão a enchê-los mas de forma mais regrada.

É utópico? Há forma de contrariar este raciocínio? Já alguém provou o contrário do que afirmo?

 

Até à próxima.