A Capacidade do medronho em combater os radicais livres responsáveis por doenças como cancro, de controlar colesterol e de evitar problemas de pele e ossos aconselha a inclusão daquele fruto na nossa dieta.
A conclusão é de uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA), desafiada pela Cooperativa Portuguesa de Medronho para colocar medronho na roda dos alimentos.
Todos os anos, toneladas de medronho são produzidas em Portugal, destinadas às destilarias, para produção de aguardentes e licores.
No entanto, uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) pretende que o fruto seja consumido fresco, ou incluído noutros alimentos, em virtude dos seus benefícios para a saúde.
Em causa está a potencialidade do medronho em “evitar os radicais livres responsáveis por doenças como o cancro”, em “controlar os níveis de colesterol”, e “melhorar a saúde da pele e dos ossos”.
Num trabalho que envolveu diversas unidades de investigação da UA, foi possível incorporar a polpa do medronho em vários alimentos, como biscoitos, iogurtes, barras energéticas ou bombons.
“O passo seguinte da equipa de químicos de Aveiro será o do eventual isolamento dos compostos do fruto que possam ser promotores de saúde humana e a sua adição a alimentos funcionais. E ingredientes para isso não faltam”, destaca uma nota publicada no site da UA.
Aquela universidade destaca aquelas propriedades do medronho, sendo que os investigadores foram desafiados pela Cooperativa Portuguesa de Medronho para que se coloque o fruto na roda alimentar dos portugueses.
Segundo explica Sílvia Rocha, o medronho é rico em esteróis, que “têm um importante papel na saúde uma vez que contribuem regular o nível de colesterol”.
Por outro lado, “os triterpenóides, para além de ajudarem igualmente a controlar o colesterol, têm uma ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica”.
“A presença destes compostos com atividade biológica reconhecida contribui para a valorização do consumo do medronho”, destaca a investigadora, numa nota publicada no site da Universidade de Aveiro.
A atividade antioxidante do medronho, por outro lado, “reflete a capacidade de evitar a formação de radicais livres, substâncias que, quando produzidas em excesso no organismo são responsáveis pelo stress oxidativo, conhecido por provocar danos no organismo humano, os quais estão associados ao envelhecimento e aumento da suscetibilidade a diversas doenças, nomeadamente as doenças civilizacionais emergentes”.
Sílvia Rocha salienta também que “o consumo regular de medronho em fresco ou a sua inclusão noutros alimentos pode ser visto como aspeto valorizador da dieta e, por conseguinte, diminuir a suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças”