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Mário Soares - Acordo de Lusaka

Mário Soares - Acordo de Lusaka

PARA QUE A HISTÓRIA NÃO ESQUEÇA QUE O MALDITO FILÃO PERMANECE ENTRE NÓS, E Á JUVENTUDE SEJA DITA A VERDADE.

Texto retirado do livro   Moçambique 7 de Setembro.

Foi nesta mesa de um café em Lusaca que pela primeira vez na história da humanidade um governante cedeu às exigências de uma organização terrorista. Até esta data o terrorismo combatia – se com terrorismo e assim se mantinha o balanço da paz no mundo cortando o mal pela raiz.

Mário Soares e restante quadrilha decidiram ficar para a história fazendo a vontade aos seus patrões na então União Soviética, assinando num café local em Lusaca, na Zâmbia, a entrega de Moçambique á organização terrorista da Frelimo, em cuja liderança estava o pai do agora candidato do PS a primeiro-ministro António Costa.

Seguiu – então: mais de 3 milhões de mortos pela guerra e pela fome, cortesia dos senhores em baixo identificados.

E a assinatura do Acordo de Lusaka?

A esperança dos portugueses que viviam em Moçambique estava assim numa espécie de montanha russa, em que um dia lhes davam certezas e no outro as retiravam. Podemos imaginar o clima que se vivia em Moçambique no início de Setembro de 1974. Em 4 de Setembro, foram a Lusaka negociar com a Frelimo Melo Antunes, Mário Soares, Almeida Santos, Vítor Crespo, Antero Sobral, Nuno Lousada, Vasco Almeida e Costa, que obviamente não queriam nem respeitar o espírito do Programa de Lusaka nem o do Programa do MFA, mas sim e tão-somente entregar a Província apenas à Frelimo para a completa, imediata e irrevogável independência, sem levar em conta as forças políticas locais nem os interesses ou vidas dos cidadãos portugueses. O Acordo de Lusaka foi assinado formalmente entre o Governo português e a Frelimo em 7 de Setembro de 1974, ferindo tudo o que tinha sido dito anteriormente no Programa do MFA e pelos Generais Spínola e Costa Gomes.

O que se passou a seguir?

Após o 7 de Setembro, devo apenas mencionar que morreram nesses dias mais civis do que em todos os 10 anos de guerra anteriores. Criou-se um regime de terror, forças do nosso próprio exército (sobretudo oriundas da Metrópole) exaltaram os ânimos dos pretos contra os brancos “fascistas” e “colonialistas”. Houve uma debandada geral da população, e era a chamada lei 24/20: 24 horas para sair, carregando apenas 20 kg. Os jornais da época estão cheios de fotografias e relatos do que foi a saída dos Portugueses. Mário Soares sugeriu até “atirar os brancos aos tubarões”! Soldados negros de incorporação local, sobretudo das forças chamadas especiais são perseguidos e mortos tanto em Moçambique como em Angola e na Guiné. Portugal não soube proteger os Portugueses, abandonando-os à sua sorte.